terça-feira, 28 de agosto de 2007

Ferias em Família - 5º Dia

Este foi um daqueles dias que ninguém consegue dizer onde acabou a noite e começou mais uma vez com uma grande alegria um novo dia.
Pelas recordações que recolhi devemos ter chegado a casa da nossa bela aventura pela praia por voltas das 8 da manha e logicamente num numero mínimo de movimentos tentamos todos rastejar até á nossa toca fofinha a que alguns se sentiram tentados e até com coragem a chamar quarto.

Assim ficamos aconchegados até por voltas das 1 ou 2 da tarde, hora em que me senti cheio de vitalidade para começar um novo dia e um estômago muito vazio, por isso la me levantei eu em primeiro e ao fim de muitas tentativas frustradas e muitas viagens entre cozinha e quarto, em que deixava o quarto com as luzes ligadas e voltava com elas apagadas, desisti de acordar todas aquelas belas criaturas.

Ao ouvirem o doce som do tilintar de talheres e panelas pela cozinha todos preferiram manter-se quentinhos no mundo de sonhos menos a minha madrinha que veio ao meu socorro e possivelmente salvar o que viria a ser o nosso almoço, já que era eu que o estava a fazer, umas belas sandes de pasta de atum. Sendo esta menina um dos pilares desta grande família ela conseguiu para alem de salvar o almoço, levar umas tostinhas com a pasta de atum Á CAMA a ver se alguém se sentia tentado a levantar.

Aos poucos e poucos e quase em fila indiana lá se foram levantando todos, seja por terem fome ou verem o resto já a pé. No fim de todos estarem bem alimentados, mas nem por isso com menos cara de sono, reunimos o nosso concelho familiar para decidir a rota deste dia, e isto sendo cerca das 4 da tarde estávamos com o tempo algo contado.

O destino foi então a praia de Almograve, aquela simpática praia descrita pelo senhor Ludovino (dono da casa onde ficámos) como “Mar a 500 metros de casa”, mas esta era muito mais que mar. Dado que a noite/manha tinha sido algo atribulada estávamos todos num estado muito Zen.

Enquanto o Cristo ficou agarrado ao mundo da fantasia de Harry Potter o resto das pessoinhas andaram a tirar fotos para a posteridade, e até o sol deu o seu ar de graça já que não estava forte de mais.

Ao chegarmos da sessão fotográfica ao pé das rochas deparámo-nos com o que pensámos por momentos ser uma alucinação, em exemplar equilíbrio com o que o rodeava e perfeita paz de espírito vimos esta imagem:

Foi sem dúvida um momento de fé para todos nós.

Com tudo isto já deveriam ser cerca de 8 horas da noite, e ainda na praia decidimos pela primeira vez nas ferias ir a restaurante em vez de sermos nós a cozinhar, lá agarramos nas nossas tralhas e com tudo as costas dirigimo-nos para casa onde ficaríamos a tomar banho até as 22:30.

Com a higiene já feita dirigimo-nos para o restaurante, o qual não me lembra o nome, mas tinha um aspecto razoável e um grande aquário.
Numa altura que até já os olhos comiam, quando vimos chegarem as entradas que diga-se vinham bem servidas, fizemo-las desaparecer
em poucos minutos. Isto tudo não antes da Sandrinha ter sido psicologicamente atacada e até o Alex fisicamente tocado pela “simpática empregrada” que mais uma vez denegriu a imagem que a Sandrinha tem de empregados de mesa (sem querer ofender ninguém claro!), apenas mais um trauma a juntar a todos os outros desta família.

Visto que a preguiça insistia em vir para ficar, a seguir ao jantar decidimos apenas ir passear pela simpática aldeia onde nos encontrávamos, mas que nunca nos tínhamos dado ainda ao trabalho de percorrer, á excepção da lojinha da simpática dona Celeste.

Ficámos pela esplanada dum café de nome Trifásico, onde matámos mais uma vez saudades das nossas simpáticas amigas Bohemias, que deixamos ao desguardo em casa. E rodada após rodada íamos discutindo variados assuntos, entre os quais apenas me lembro de assuntos a ver com praxes e afins. Ao fim de umas horinhas de simpática discussão ou até fervorosa no caso do Telmo que SEMPRE com respeito mandou calar a Sandrinha, lá nos levantamos para ir pagar a conta, que descobrimos depois tinha sido já paga pela Vânia, à qual agradecemos de seguida, e ao vermos o preço ficámos intrigados já que esta era bem menor do que devia mas certas pessoas já nos tinham avisado que era habitual este acontecimento naquele bar, e quem éramos nós para negar toda aquela hospitalidade….

Chegados a casa já ia a noite algo longa, mas inda tivemos tempo para um pequeno debate sobre series e filmes segundo me lembro, com os principais participantes a serem o Alex e Cristo, enquanto que eu acabei por ser raptado pela plateia, que eram neste caso a Sandrinha e Lucinha já que estas se sentiam muito excluidas da conversa. Como é normal nestas nossas senhoras da familia elas tem tudo o que querem, e o que elas nao queriam era uma conversa sobre filmes, por isso la usaram o seu poder de persuasão para acabar com a conversa e convencer a cantar um bocadinho no Singstar, sendo os duetos eu e Lucinha "contra" Alex e Sandrinha, ja que a Vânia e o Telmo já se tinham dirigido para os aposentos reais e o Cristo continuava com o sintoma da preguiça.

Chegados á cama ouvimos algo que nos agradou muito, a Vânia louvou as nossas vozes dizendo que algumas músicas foram muito bem cantadas.

Esta foi uma noite muito recheada de afecto entre todos nós, e viria a dar origem ao que é possível que se torne moda. Já todos tínhamos ouvido falar de ménages ou afins, mas nunca tínhamos sido introduzidos ao conceito da Conchinha, carinhosamente partilhado pela Sandrinha.

Consiste este em juntar 4 ou mais pessoas na mesma cama, todos muito juntinhos em forma de conchinha. Devo dizer que é algo verdadeiramente inovador e até confortável, mas que requer o seu “je ne sai quá” de treino, ora antes de adormecermos decidimos ainda tentar rodar a conchinha, já que há muita gente que não consegue dormir na mesma posição a noite toda, e á semelhança de natação sincronizada eu fiz a contagem decrescente “3…2…1…vira” e aí fizemos a nossa primeira inversão com sucesso.

Já com as luzes apagadas, dada a minha posição e nostálgico como eu estava por ser a minha última noite lá me lembrei das sábias palavras de um professor meu um dia, que originou a “Teoria dos electrões”:

Passo a explicar, imagine-se uma lâmpada daquelas cilíndricas compridas, normais em qualquer casa, dentro dessa mesma lâmpada, de modo a produzir luz, estão muitos muitos electrões excitados todos numa filinha de modo a caberem dentro da lâmpada. De repente o electrão da ponta de trás é picado por alguma coisa e como por reflexo dá um saltinho para frente, por conseguinte o electrão da frente sentindo o electrão excitado atrás dele dá também um saltinho para fugir, isto repete-se milhões de vezes e são estes choques que criam flashes de luz, que ao nosso olho parecem uma luz contínua.

Ainda ia eu no início da exposição da minha teoria quando apenas com a palavra “lâmpada” já todos se estavam a rir, sem saberem ainda que esta era uma teoria completamente legítima, mas eu dou um desconto já que realmente foram umas férias férteis em parvoíce, pelo menos da minha parte.

Mas lá decidimos tentar provar a legitimidade desta teoria e nos metemos todos em linha sem sair da conchinha e chocamos até o Alex na outra ponta dar luz, o que de facto aconteceu! Não vou revelar pormenores e dar de bandeja esta grande teoria, mas ficou provada naquela noite.

Dito tudo isto e depois de alguns risos decidimos manter o silêncio e finalmente dormir.

Boa noite e obrigado por lerem mais um post desta família Germética fofinha.

Ass: Baka [[]] ***

1 comentário:

Lucinha disse...

Ai bakinha, este post tava difícl de sair!!! LOL Mais um dia fantástico, dessa vez tb me rendi aos poderes da cama e do sono matinal! mais um dia bonito, com fotos fofinhas, comidinha boa e o primeiro passeio nocturno pela vila!os ultimos miunutos da noite foram de facto hilariantes, a conchinha e a tua teoria foram mesmo os pontos altos!!! LOL Beijinhos *